terça-feira, 12 de novembro de 2019

116-CELO E CELA

116-CELO E CELA

A História está condenada
Ao chão de vez ser enterrada
Esculpida, cuspida e adornada
Por pirata disfarçado de historiador

E o real cientista no dissabor
Relegado ao relento, sem real algum
A escrita não é nenhum tambor
Presidentes ladrões seguem a plagiar

E a colher os louros pelo ar
Roubando tesouros dos trabalhadores
Em partidos vermelhos, manipuladores
Cravam a mandíbula de jovem explorador

Em associações culturais
Ludibriando universidades estaduais
Virando mestres em federais
Fedelho frágil e vira-mundo

Falsificador
Leva todos no bico com louvor
No museu vende celos postais
Com auxílio do xará de seu criador

O pior disso tudo, Doutor
É ver buraco-negro brilhar como estrela
Carrapato usar blusa vermelha
Fingindo que o sangue do outro é seu

Escondendo tudo o que bebeu
Parasita que cresce a procriar
Mais um abutre a se fartar
Maculando a cidade que o acolheu
2015

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