terça-feira, 12 de novembro de 2019

124-PUMA

124-PUMA

Solidão 
Não tenho tempo para o teu canhão
Nesta vastidão universal
Foste atravessar justo o meu caminho
Deplorável essa ânsia de ser sozinho

Paliativo cintilante, nem sinal
Cada sonho absurdo é transcendental
Amadurecer dói
Quando não se é de metal

Nem super-herói

Arranque em mim tal tristeza afluente
Leve-a pros teus entes d'espuma
Advenho presa-puma preso sem mapa
O labirinto apruma

Ateu Poeta
2015

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