120-ODE AO EFÊMERO
A Lua dourada brilha sobre a serra
Toda a Terra vira jardim
De repente vejo o sorriso que perdi
Na multidão dos dias findos
A efemeridade toma conta de mim
Só Platão entenderia essa saudade
Apenas as cavernas são eternas
É breve o som da sanidade
Aquele rosto de neve irradia outros tempos
Templos que não se podem profanar
Cego é o segador
Serpentes seguem a germinar outra flor
Nas mãos da Pitonisa
Vestais e meretrizes deixam seus matizes
Martírios e rituais
Para outros pentecostais
Murmúrios na madrugada
Sugam novas jornadas
Jovens não tardam a entardecer
Sinfonias naturais da passarada
Exalam exílios atemporais
Onde a alvorada vem resplandecer
2015
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