16-RÉSTIAS DE SANGUE
No meio da poesia eu crio tempestades
No seio da insanidade eu semeio o furacão
Na canção de Anúbis eu cortejo Clio e Idun
Não desejo mundo algum
Além da minha própria liberdade
Cada amarra me sufoca
Câmara, ânfora, caverna
Todas as certezas internas desabam
E se propagam as dúvidas pelo mundo
De interrogação em interrogação
A exclamação aprende a gemer
O ponto vira vírgula no final
Como um verso vivo artesanal
Feito de réstias de sangue
Ateu Poeta
07/02/2015
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