domingo, 13 de outubro de 2019

87-CÉU AURICULAR


Espero para sempre ir morar
No seio auricolor do seu céu auricular
Poesia é sinestesia e síntese do complexo
Quero de você todo ósculo e amplexo, côncavo e convexo

Cada verso meu flui para a simbiose do seu mar
Quem sabe, um dia, naufragar
No abismo do seu universo ocular
O sabre do samurai se semeia na bainha

A noite no dia, o colibri na flor
O rei não é nada sem a sua rainha
Pássaro arteiro preso na gaiola atroz
Sob o frio e feroz açoite do dissabor

Qualquer horizonte vira fonte de quimeras e Queronte 
Sem as asas transbordantes do condor

Ateu Poeta
10/07/015

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